Francisco Sá - O homem e a cidade


Brasão de Francisco Sá

Francisco Sá, a cidade 

Dados da cidade no site minasgerais.net

História

Em meados de outubro de 1704, o capitão Antônio Gonçalves Figueiras, proprietário das fazendas Jaíba, Olhos D’água e Colônia Montes Claros, desejando ligar esta última ao Rio Gorutuba e dali, aos currais da Bahia, organizou uma pequena expedição com número provável de 20 trabalhadores, inclusive índios, partindo em direção ao nordeste.


Depois de alguns dias de viagem, a expedição chegou a um lugar próximo à serra do Catuni ou Decamão. à cabeceira de uma lagoa que deságua em um ribeirão com nascentes naquela serra, que passou a ser denominadaLagão das Pedras. Já sendo tarde, o capitão decidiu acampar ali mesmo com seus comandados, dando ao local a denominação de Cruz das Almas das Caatingas do Rio Verde, em razão de correr o Dia de Finados.

Ali Figueiras mandou erigir um cruzeiro, lançando assim os fundamentos do futuro município, profetizando que o lugarejo se tornaria um comércio próspero, não só pela sua posição geográfica, como também pelas riquezas naturais de suas terras.

Algum tempo depois, os habitantes edificaram uma capela, escolhendo São Gonçalo como patrono.

O local tornou-se distrito de Montes Claros em 1867, com o nome São Gonçalo do Brejo das Almas. Em 1923, foi elevado à categoria de município (desmembrado de Montes Claros e Grão Mogol), com o nome de Brejo das Almas. A cidade foi renomeada em 1938 como Francisco de Sá, uma homenagem ao engenheiro local que foi ministro da Viação e Obras Públicas.


Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de São Gonçalo do Brejo das Almas, pela Lei Provincial n.º 1.398, de 27/11/1867, e por Lei Estadual n.º 2, de 14/09/1891, subordinado ao Município de Montes Claros.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito, já denominado Brejo das Almas, figura no Município de Montes Claros.
Elevado à categoria de município com a denominação de Brejo das Almas, pela Lei Estadual n.º 843, de 07/09/1923, desmembrado de Montes Claros e Grão Mogol. Sede no antigo Distrito de Brejo das Almas. Constituído do distrito sede. Instalado em 07/09/1924.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 148, de 17/12/1938, o Município de Brejo das Almas passou a denominar-se Francisco Sá.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.058, de 31/12/1943, é criado o Distrito de Janaúba e anexado ao Município de Francisco Sá.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939 -1943, o município é constituído de 2 distritos: Francisco Sá e Janaúba.
Pela Lei Municipal n.º 336, de 27/12/1948, é criado o Distrito de Cana Brava e anexado ao Município de Francisco Sá. Sob a mesma Lei acima citada, é desmembrado do Município de Francisco de Sá o Distrito de Janaúba, elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 01/07/1960, o município é constituído de 2 distritos. Francisco Sá e Cana Brava.
Pela Resolução n.º 04, de 25/02/1964, Francisco Sá adquiriu do Município de Grão Mogol o Distrito de Catuni.
Em divisão territorial datada de 01/01/1979, o município é constituído de 3 distritos: Francisco Sá, Canabrava e Catuni.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2015.

Gentílico: franciscosaense

Fonte: Prefeitura de Francisco Sá (MG) – Ano de 2017


Os primeiros habitantes foram índios de nação ignorada, provavelmente expulsos pelos bandeirantes paulistas, chefiados por Antônio Gonçalves Figueira, que se dirigia a local próximo à serra do Catuni ou Decamão, na cabeceira da Lagoa, a que chegaram em 1704. Acampados, mandou erigir um cruzeiro e lançar os fundamentos do futuro município. 
Em 1760, chegaram, ao já pequeno arraial, o major Antônio Gonçalves da Silva e sua mulher, trazendo carta de sesmaria dada pelo Conde da Bobadela.
Atraídos pelas riquezas naturais, posição geográfica e exuberância da flora, constituída de madeiras de lei, outras pessoas para lá se dirigiram, fazendo da agropecuária a base do desenvolvimento do núcleo.


Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/francisco-sa/panorama

Francisco de Sá deve seu nome atual ao Dr. Francisco Sá, que, além de engenheiro, foi, durante muitos anos, Ministro da Viação e Obras Públicas.

O moradores de Francisco Sá ainda se referem carinhosamente à cidade pelo nome de Brejo.

O nome completo de Francisco Sá é Francisco José de Sá Neto.


Francisco Sá, o homem




Francisco Sá nasceu na Fazenda Brejo de Santo André, então no município de Grão Mogol, em 14 de setembro de 1862 — 23 de abril de 1936. Foi um engenheiro, jornalista e político brasileiro.

Na Fazenda Brejo, viveu toda a sua infância e, aos 12 anos, partiu com sua mãe e irmãos, montados em equinos, no lombo de cavalos, com destino à Diamantina, onde encontraria consolo nos braços do avô materno, já que seu pai falecera aos 36 anos 1868.

Foi deputado provincial, ministro de Viação e Obras Públicas dos governos Nilo Peçanha e Artur Bernardes e da Agricultura, Indústria e Comércio de Nilo Peçanha. Foi deputado geral, deputado federal e senador de 1906 a 1927.

Filho de Francisco José de Sá Filho (Brejo de Santo André, 10 de abril de 1832 - 1868) e de Agustinha Josefina Vieira Machado dos Santos Sá. Seu pai era filho do Coronel Francisco José de Sá (2 de dezembro de 1802 -1894) e de Jacintha Francisca Veloso de Sá (1811 - 1878). Sua mãe era filha de Josefino Vieira Machado, Barão de Guaicuí (1812 - 1879) e Maria Silvana dos Santos. 

Casou-se com Olga Nogueira Pinto Accioli, filha de Antônio Pinto Nogueira Accioli e, com a qual, teve 10 (dez) filhos: Carlos Accioly Sá (*1886); Dea Accioly Sá (*1887); Francisco Sá Filho (*1891); Antônio Accioly Sá (*1893); Maria Alice Accioly de Sá (*1895); Paulo Accioly Sá (*1898); Antonio Pompéo Accioly de Sá (*1900); Agustinho Accioly de Sá (*1906); José (*1910) e José Accioly Sá (*1912).

A Fazenda Brejo de Santo André, de propriedade de seu avô Francisco José de Sá, pertencia ao município de Grão Mogol, hoje pertence ao município de Francisco Sá (antigo Brejo das Almas). Seu avô, Francisco José de Sá, era republicano e abolicionista.



Francisco Sá


Francisco Sá e Esposa Olga Accily Sá



Olga Accioly Sá - Esposa
Olga Accioly Sá - Esposa
 

Agustinha  Josefina Vieira Machado dos Santos - Mãe



Francisco José de Sá Filho - Pai

 
Biografia

O Dr. Francisco Sá, nasceu na Fazenda do Brejo de Santo André, no Município do Brejo das Almas, Minas Gerais, no dia 14 de Setembro do ano 1862 e faleceu no dia 23 de Abril de 1936. Possuía inteligência extremamente avançada e muito além de seu tempo, foi engenheiro, jornalista, político e um grande Ministro. Exerceu com competência e galhardia por três vezes os Ministérios da Viação Transportes e Obras Públicas, nos governos de Nilo Peçanha e Artur Bernardes de 1909 a 1910 e de 1922 a 1926 e em 1909 assumiu o Ministério da Agricultura Industria e Comércio. Foi ainda Deputado Federal e Senador no período de 1906 a 1927.
Era filho de Francisco José de Sá Filho, rico fazendeiro e criador de gados, sendo a fazenda do Brejo de Santo André onde nascera, propriedade de seu avô. Aos seis anos de idade, Francisco Sá, o homem, recebera da vida tremendo golpe quando seu pai, o fazendeiro Francisco José, no ano de 1868, com apenas 36 anos veio a falecer. Ficara aos cuidados de sua mãe Dona Agustinha Josefina Vieira Machado dos Santos Sá, que arregaçou as mangas e procurou suprir a ausência do pai dotando-o de todo conforto, educação, disciplina que viriam a ser fatores determinantes em sua carreira de surpreendente sucesso. Na fazenda Brejo de Santo André o Dr. Francisco Sá passara toda a sua infância e parte de sua adolescência quando finalmente se deslocou para a Capital da Republica, Rio de Janeiro, tendo primeiro passado por Belo Horizonte, para concluir seus bem-sucedidos estudos. -A formação Política do Dr. Francisco Sá, o homem, veio de berço. Seu avô Francisco era ferrenho Republicano e abolicionista. -Enquanto Ministro da Viação Transportes e Obras Públicas, Francisco Sá, o homem, deitou dormentes sobre os quais repousam centenas de quilômetros de trilhos por onde antes escoava quase toda riqueza produzida nos mais inatingíveis rincões do Norte das Gerais. Timidamente foram surgindo ao redor das estações de trem, povoados que posteriormente se transformaram em grandes e progressistas Cidades. Tudo isso graças a força de suas marias-fumaça a carvão, que depois foram substituídas pelas locomotivas atuais, hoje quase inexistentes. Em homenagem ao grande Brasileiro que foi o Dr. Francisco Sá, o homem, a Cidade do Brejo das Almas em cujo Município nascera, orgulhosa de sua grande inteligência, humildade (pois mesmo tendo nascido em berço de ouro, atingido o mais elevado status social), jamais deixou de se apresentar como “brejeiro”, inclusive em certa ocasião, intrigados, perguntaram-no porque tanta “brejeirice” quando ele respondeu que a divina providência assim o denominou quando o fez nascer no “Brejo de Santo André”, no município do também brejo, o “Brejo das Almas”. Que tantos brejos em sua vida eram suficientes para não deixa-lo esquecer de onde viera. Hoje o Brejo das Almas orgulhosamente ostenta o nome de Francisco Sá, que lhe fora dado pelo Decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938.

Montes Claros em 1936

"Falece, no Rio de Janeiro, o grande estadista e homem público, dr. Francisco Sá. Nasceu na fazenda Brejo do Santo André, então município de Grão Mogol, do Santo André, então município de Grão Mogol, Minas, a 14 de setembro de 1862, filho de Francisco José de Sá Filho e dona Agostinha Josefina de Sá. Fez o curso secundário em Diamantina, diplomando-se em engenharia pela Escola de Minas de Ouro Preto, em 1884, tirando o primeiro lugar em sua turma, de que foi o orador oficial. Exerceu o cargo de Secretário do Presidente da Província do Ceará, dr. Carlos Honório Benedito Otoni, logo após a sua formatura. Elegeu-se Deputado Provincial pelo Estado de Minas e depois Deputado Geral pelo Ceará. Quando foi proclamada a República, regressou a Minas, e neste Estado, desempenhou as funções de Diretor do Serviço de Terra e Colonização. Fez parte do Governo do Estado de Minas, como Secretário da Agricultura, na presidência Bias Fortes. Logo depois foi eleito Deputado pelo Ceará e, em seguida, representante daquele Estado na Câmara Alta. Como Ministro da Viação na presidência de Nilo Peçanha e na de Arthur Bernardes, construiu estradas de ferro, portos, aumentou as linhas telegráficas e as comunicações postais, iniciou o combate às secas e estimulou a exploração de minérios. Para Montes Claros, por se ter esforçado ao máximo para ali inaugurar a E.F. Central do Brasil, o que se concretizou a 1º de setembro de 1926, “foi o maior e melhor amigo”, tal como se acha gravado na placa de bronze do movimento que lhe perpetua a glória, na praça que tem o seu nome, em Montes Claros, em frente à Estação da Central do Brasil. Sua memória é justamente venerada pelos montesclarenses. Pelos dons extraordinários de tribuno, aliados à vasta cultura, foi considerado o primeiro parlamentar brasileiro em sua época. Era casado com dona Olga Acioly."

Fonte:


Francisco Sá no site montesclaros.com


Mensagem N°86593
De: Manoel Hygino Data: Sábado 14/1/2023 07:56:12
Cidade: Belo Horizonte




Hora de Francisco Sá
Manoel Hygino


Sem desejarmos fazer coluna de registros históricos, não podemos, contudo, omitir-nos se os fatos o impuserem. Como agora. Segundo Joaquim Ribeiro Costa, na “Toponímia de Minas Gerais”, atualizada por Joaquim Ribeiro Filho, o município de Francisco Sá está comemorando, este ano, centenário, nos termos da Lei nº 843, de 7 de novembro de 1923, embora somente adquirisse o nome atual em 1938.

Tudo para chegar ao âmago. O nome da cidade, Francisco Sá, se deve aos relevantes serviços à região, a Minas e ao Brasil pelo homenageado, nascido de família proeminente na economia e na política norte-mineira. O avô do menino Chico era Josefino Vieira Machado, barão de Guaicuí, republicano e abolicionista, inclusive na navegação do rio das velhas, lavouras de café, algodão, cana-de-acúcar e serrarias.

Fez curso primário no Seminário de Diamantina, transferiu-se para o Rio de Janeiro, iniciando engenharia na Politécnica, concluído na Escola de Minas de Ouro Preto. Quando a província do Ceará foi presidida pelo mineiro Carlos Honório Benedito Otoni, Francisco Sá se viu conduzido a engenheiro fiscal da Estrada de Ferro Baturité, a primeira do Ceará, ligando-a a Pernambuco.

Daí para frente, só novas incumbências e graves responsabilidades naquele tempo de constantes variações políticas regionais. Deputado provincial por Minas Gerais em 1888-1889, deputado geral pelo Ceará em 1889, reeleito para as legislaturas 1897-1899, 1900-1902, 1903-1905, e senador em 1906-1909, 1912-1915, 1922-1926 e 1927-1930. Esteve à frente da exploração de depósitos de salitre em Minas Gerais, no vale do Rio das Velhas, e Bahia, e engenheiro fiscal da Estrada de Ferro Mogiana. Em Minas, foi inspetor de terras e colonização, na gestão de Afonso Pena (1892-1894), e secretário da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, com Crispim Jacques Bias Fortes (1894-1898), renunciando para assumir mandato de deputado federal. Nomeado ministro de Viação e Obras Públicas (1909-1910) por Nilo Peçanha (1909-1910), inaugurou o rádio no Brasil.

No ministério, destacou-se pela criação da Inspetoria de Obras Contra a Seca (1909), que passou a coordenar as ações destinadas a prevenir e atenuar os efeitos das estiagens, antes distribuídos dispersamente no ministério, responsável pela construção de açudes, poços, canais de irrigação e barragens. Era antecipação nacional de combate às secas e da própria Sudene.

Deve muito a nação à atuação de Francisco Sá, responsável em termos norte-mineiros, pela implantação da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1926, finalmente, com muita festa, música e foguete, se inaugurou o ramal de Montes Claros, a mais importante cidade da região.


Fonte:
https://montesclaros.com/mural/default.asp?top=86628#:~:text=Mensagem%20N%C2%B086593,importante%20cidade%20da%20regi%C3%A3o.


Francisco Sá no site da Prefeitura de Diamantina





Nota: 
No vídeo que está no site da Prefeitura de Diamantina, Francisco Sá é citado como diamantinense, porém se deve apenas ao fato dele ter ido lá residir ainda criança, com os avós.
Na sua história narrada também no site ele é cotado como natural de Francisco Sá.

4 comentários:

  1. Esta semana de dezembro de 2015, comprei o livro "Francisco Sá Reminiscências Biográficas" (publicado em 1938 - editado em São Paulo). Um livro precioso e fora de catálogo. É um dos livros de família dos mais ilustrados e bem trabalhados dos anos 30; além do mais, tem dedicatória de Carlos Sá, ilustre filho do Republicano e Deputado Provincial:Francisco Sá.

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    1. Bom dia, Marcos!
      Depois de muito procurar, estamos com um dos 300 exemplares desse livro em mãos. Esse, foi até barato, dada a riqueza de conhecimento apresentada no livro. Ainda há na Estante Virtual, outros dois exemplares no valor de R$ 200,00 cada.

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  2. NO ESTADO DO CEARÁ TEM UMA CIDADE COM O MONE DO MINISTRO - E SENADOR SÁ https://pt.wikipedia.org/wiki/Senador_S%C3%A1

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  3. Bom tarde tava lendo sobre a biografia de francisco sa,a pessoa de mesmo nome de nossa cidade,min surgiu um curiosidade:aqui na cidade tem alguem ou teve nun passado mais recente que morou aqui na cidade.

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